É uma atividade de entretenimento e, como outra qualquer, tem suas qualidades. Talvez não tenha um diálogo interessante como uma boa série, uma frase marcante de um livro, ou uma direção memorável como num filme, mas muitos têm visuais retumbantes, requerem coordenação motora, raciocínio rápido e, acreditem ou não, senso de estratégia. Também pode ser pura e simplesmente diversão ― qual o problema nisso? E não é uma atividade estritamente solitária, como muitos imaginam. O jogar junto ― em dupla ou grupo ― é costumaz. Videogame não é considerado "arte" ou "alta cultura". Um motivo pode ser a falta de críticos de jogos ― críticos num sentido mais amplo, e não comentadores da performance, jogabilidade e dificuldade. Alguém que possa descobrir algo mais neles, sutilezas e observações além do apertar de botões ou das dicas para avançar de fase. Talvez porque o assunto continue restrito à mídia (on-line e off-line) especializada. Mas muito provavelmente, como diz este texto da Esquire, porque é difícil observá-lo pelos "padrões artísticos" pelos quais são avaliados filmes, livros, músicas etc. ― e acho que nem precisa. Não é necessário tentar achar o Bergman do videogame, ou procurar traçar um (absurdo) paralelo com Dostoiévski. É outra coisa, outra mídia, outra expressão.
Comprovado por vários cientistas em todo o mundo, o ato de se divertir por meio de games eletrônicos pode trazer à criança uma melhor percepção da realidade, formação de personalidade e até mesmo criatividade. Embora horas de abuso em frente ao computador ou vídeogame tenham trazido suspeitas de que eles possam causar um decaimento no desempenho do estudo, como principalmente matemática, os games proporcionam um aumento significativo na capacidade de lógica da criança.
Nos adultos, para aliviar o stress, jogos não violentos como corrida e aventura são recomendados para diminuir a tensão e manter a pessoa, por instantes, longe de problemas que os venham a perturbar.